Orientações Gerais sobre Oclusão

De acordo com o Professor Charles McNeill, oclusão é definida como a relação dinâmica morfológica e funcional entre todos os componentes do sistema mastigatório, incluindo dentes, tecidos de suporte, sistema neuromotor, articulações têmporo-mandibulares e esqueleto craniofacial.

O desequilíbrio oclusal pode provocar uma série de patologias, como por exemplo, migração dentária, aceleração de perda óssea, fraturas dentárias, reabsorções radiculares, retração de gengiva, diminuição da vida útil de restaurações, e em algumas situações onde existe instabilidade ortopédica, ser um fator contribuinte nos casos de paciente com DTM (Disfunção Têmporo-Mandibular).

Para se fazer o diagnóstico dos problemas oclusais é necessário uma consulta clínica, avaliação de radiografias e em algumas situações mais complexa é necessário fazer uma análise oclusal, fazendo a montagem dos modelos do paciente em articulador, que é um aparelho que simula os movimentos dentários, de tal forma que se pode estudar mais minuciosamente o caso em questão.

O tratamento da oclusão pode ser realizado por ajuste oclusal de um único dente, equilíbrio ou ajuste de toda a boca, tratamento restaurador com restauração simples ou até com uma reabilitação de boca toda, tratamento com próteses (que pode incluir implantes dentários) e/ou tratamento ortodôntico (que pode incluir cirurgia ortognática). Em geral, os objetivos são iguais para todas as abordagens do tratamento: (1) restaurar a forma anatômica por meio de restauração ou substituição de estruturas ausentes; (2) estabelecer a estabilidade estrutural pela otimização da distribuição das forças; e (3) proporcionar a harmonia funcional para a mastigação, deglutição e fala. A fundamentação para o tratamento é melhorar a saúde, a função, o bem estar e a estética.