Disfunção da ATM (DTM) e Dor Orofacial
Fraturas recorrentes e desgastes dos dentes e das restaurações são sinais comuns de apertamento dentário e do bruxismo do sono.
Além da dor de cabeça, dores na mandíbula ou ao mastigar, dores de ouvido, dor e pressão atrás dos olhos, alterações do sono, estalos ou sensação de desencaixe ao abrir e fechar a boca e até dores nas costas são sintomas da DTM.
O que é DTM?
ATM é a sigla de Articulação Têmporo-Mandibular. Tais articulações possibilitam a mobilidade da mandíbula em relação ao crânio durante funções vitais como falar, mastigar e deglutir.
Já́ a DTM significa Disfunções Têmporo-Mandibulares. É uma síndrome normalmente MULTIFATORIAL, na qual os pacientes relatam dores na região da face, cabeça e coluna cervical, geralmente acompanhada de limitações funcionais e prejuízo na qualidade de vida.
A DTM é mais comum em mulheres, na faixa etária dos 40 anos, porém atinge também pacientes do gênero masculino e crianças. Conforme estudos, 25% da população teve ou terá́ sinal ou sintoma da patologia.
Cinco fatores principais podem interromper a função normal e iniciar a DTM:
Estresse emocional; atividades parafuncionais (como o BRUXISMO), trauma, condições oclusais e estímulos de dor profunda.
O tratamento da DTM é interdisciplinar. De acordo com o caso, as orientações do Cirurgião-Dentista especialista poderão ser suficientes para tratar o problema. Em outras situações, pode ser preciso o uso de PLACAS INTEROCLUSAIS (conhecidas como placas de bruxismo), dispositivos para controlar a dor facial dos pacientes e cessar o DESGASTE DENTÁRIO quando o bruxismo é excêntrico. Em outras situações é necessário a ajuda de fisioterapeutas, psicólogos/psiquiatras, etc. A correta avaliação leva a um diagnóstico preciso que fornecerá o tratamento adequado para o caso.
O que é Disfunção da Articulação Têmporo-Mandibular (ATM)?
Primeiro é preciso esclarecer o que é ATM. É uma sigla com as iniciais de Articulação Têmporo-Mandibular, que são as articulações que interligam a mandíbula à base do crânio, e que possibilitam as funções de falar, comer, respirar e deglutir. Já a disfunção da ATM, cuja sigla é DTM, é uma síndrome normalmente multifatorial, na qual o paciente apresenta dores na região da face, cabeça e coluna cervical, acompanhada de limitações funcionais e algum tipo de prejuízo da qualidade de vida. Como é realizado o diagnóstico da DTM?
Normalmente o diagnóstico é clínico, realizando inicialmente um bom questionário sobre a saúde geral do paciente, investigando sobre a presença de hábitos nocivos, uso de medicamentos, presença de doenças sistêmicas, etc, e complementando com o exame físico, apalpando as estruturas relacionadas com a disfunção, inclusive com avaliação postural do paciente. Podemos lançar mão de exames complementares como exames laboratoriais, radiografias ou outros exames de imagem mais sofisticados como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética (RM). O importante é o profissional da área da saúde (o cirurgião-dentista ou mesmo o médico) fazer o diagnóstico diferencial de outras doenças que têm sintomatologias parecidas, como a sinusite, otite, entre outras, beneficiando o paciente com o diagnóstico e por consequência o tratamento correto, multas vezes com atendimento multidisciplinar, ou seja, por mais de um profissional.
Como a disfunção (DTM) pode atrapalhar a vida do paciente?
O paciente pode apresentar dificuldade para abrir a boca, para realização das funções normais. Em alguns casos ele pode apresentar um ruído alto ao mastigar, o que chamamos de click anti-social. Em outra situação, mais bisonha, pode acontecer a luxação das ATMs, na qual “cai o queixo” do indivíduo literalmente, e não se consegue fechar a boca espontaneamente. Nesta situação é preciso um profissional treinado para fazer a manobra de reposicionamento da mandíbula e atendimento complementar para que esta situação não aconteça mais. Outra situação relativamente comum é a presença de dor de cabeça crônica, às vezes com o diagnóstico equivocado de enxaqueca, na qual o paciente sofre anos a fio com estas terríveis dores. O grau de sofrimento do paciente depende de algumas variáveis.
Quais são as causas da DTM?
As causas são multifatoriais, ou seja, normalmente não é uma causa única, com exceção de um macrotrauma, exemplificando, uma pancada no queixo. O que acontece normalmente é um efeito cumulativo, potencializado pelo estresse emocional, ultrapassando o limite de resistência estrutural do indivíduo, de tal forma que seu corpo dá sinais que não está suportando a sobrecarga. Pessoas que possuem uma oclusão (encaixe dos dentes) sem uma estabilidade ortopédica adequada para as ATMs, são indivíduos com fatores de risco maior. Hábitos nocivos como ranger ou apertar os dentes, roer unhas, apoiar o queixo durante o dia e, às vezes também à noite, com uma postura de dormir inadequada, apoiar telefone, entre outros, proporciona uma sobrecarrega nas articulações têmporo-mandibulares, nos músculos envolvidos da face, cabeça e pescoço, além da sobrecarga das estruturas ósseas. Se o paciente for susceptível a problemas musculares ele poderá desenvolver dores faciais, cervicais e as chamadas cefaleias secundárias. Se o lado mais sensível for propriamente as ATMs, proporcionará problemas intracapsulares (dentro das articulações têmporo-mandibulares), com a presença de estalidos nestas articulações, às vezes com deslocamento do disco articular, abrindo a boca com desvios lateralmente, muitas vezes acompanhado de dor durante a movimentação.
A postura de dormir pode ser um fator causal da DTM?
A postura incorreta de dormir pode causar uma série de patologias, bem documentadas na literatura, como DTM, cervicalgias, torcicolo, bursite, cefaleias, lombalgias, entre outras. É importantíssimo ter um colchão e travesseiro adequados para possibilitar um correto alinhamento da cabeça, mandíbula, coluna cervical com o restante da coluna vertebral, ao deitar-se de lado. Esta posição é uma das posturas indicadas por médicos, fisioterapeutas e cirurgiões-dentistas. As posturas incorretas ao deitar-se estão intimamente ligadas à DTM, como aquelas pessoas que dormem com a mão sob a mandíbula, alavancando-a e promovendo uma sobrecarga nas ATMs. Por obra do destino, acabei tendo a missão de desenvolver um travesseiro com algumas características que o torna personalizável, de acordo com o tipo físico do indivíduo. O Travesseiro Ergonômico BONA’SLEEP® possibilita um alinhamento adequado do indivíduo ao deitar-se. Desenvolvemos também uma régua que mede a largura do ombro do cliente, escolhendo-se assim o tamanho ideal do travesseiro. Fizemos um site do produto, que já é comercializado, e tivemos a preocupação de inserir dados adicionais de forma que, o futuro usuário adquira informações preciosas como evitar as posturas incorretas ao deitar-se, dicas de como ter um sono reparador deitando corretamente, além de várias outras informações úteis.